A população negra corresponde a 56% da população brasileira e é responsável por fazer girar cerca de R$1,7 trilhão na economia (ao todo, são 114,8 milhões de pessoas negras comprando anualmente, maior que toda a classe A). Apesar disso, as marcas negligenciam o afroconsumo com a sub-representação em marketing e entretenimento, resultados da falta de foco comprometido com o poder de compra da comunidade negra.
O que é afroconsumo?
Afroconsumo é a experiência de pessoas negras no ato de consumir. Tanto no aspecto coletivo quanto em individual, a comunidade negra possui um padrão de consumo ainda não explorado, sinal de desinteresse sistemático. Frente a um mercado que subestima um grupo social que possui poder de compra significativo.
O fato de pessoas negras aumentarem seu poder de compra é considerado um poderoso ato político dentro da comunidade.
O que querem os afroconsumidores?
A Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD), Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e IBGE, em 2016, divulgaram que, na última década, cerca de 80% dos novos integrantes da chamada nova classe média eram negros. São pessoa cada vez mais consciência identitária, com letramento racial e que se movimentam nas redes sociais quando percebem publicidade problemática às suas identidades. Não por acaso, o marketing de pequenas a grandes empresas têm desenvolvido ações direcionadas ao afroconsumidor.
Por que investir no afroempreendedorismo?
Segundo o Instituto Locomotiva, 94% dos negros brasileiros não se sentem representados nas propagandas, ao mesmo tempo que, de acordo com uma pesquisa da Think Etnus (2017), 61% tendem a comprar mais de marcas que os representem.
Abraçar os desejos do nicho escolhido e entender suas necessidades é explorar um universo vasto que clama para consumir de quem os enxerga. Empresas que não ignoram essa demanda dão passos à frente em direção a se tornar uma instituição bem-sucedida.
O antirracismo passa pelo consumo de produtos oferecidos por empreendimentos pretos. Portanto, investir no afroempreendedorismo ultrapassa apenas questões mercadológicas, é um ato político, uma arma poderosa de fortalecimento da identidade e da comunidade como um todo.
Dificilmente uma empresa que não tenha pessoas diversas em cargos de decisão vai se debruçar às demandas do afroconsumo. E quando se fala em diversidade, é sobre ter pessoas negras de diferentes idades, gêneros e bagagem profissional e cultural.
Se você já é um afroempreendedor e está comprometido com o crescimento desse ecossistema, o MBM pode te ajudar. Aproveite e baixe o Guia do Mercado Black Money para dicas de vendas online.
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