Nas narrações de histórias, o anti-herói é um protagonista que não segue as regras usuais ou vai contra a cultura vigente, mas surpreende você e ainda acaba sendo o herói da história – pode falar que você lembrou do Pantera Negra. Nos negócios, também precisamos de anti-heróis, precisamos de anti-CEOs.
“É hora de admitir que o manual que guiou os negócios e os CEOs nos últimos 50 anos está quebrado”, disse Hamdi Ulukaya, CEO da Chobani à platéia no TED 2019. “Eles não falam sobre pessoas, não falam sobre comunidades. Mas infelizmente é assim que muitas decisões de negócios são tomadas hoje ”. Lamentavelmente preciso concordar com ele, mas com um pouco de esperança ao entender que o futuro deste tipo de liderança é a morte.
“Um líder que não segue as práticas esperadas pelo mercado”.
Tenho orgulho de falar que Hamdi Ulukaya possui visões de mundo e liderança das quais compartilhamos e empregamos junto ao Movimento Black Money. Explico: Ulukaya é famoso por ter construído um negócio voltado para a comunidade; suas fábricas na América rural empregam muitos imigrantes e refugiados, e os funcionários têm uma participação acionária no negócio. Ulukaya tem sido um evangelista de negócios sociais que coloca os funcionários antes dos lucros e considera todos os interessados, (consumidores, funcionários e as famílias dos mesmos) não apenas os acionistas.Em um mundo onde tecnologia se torna commoditie, com aumento da competição pela atenção de clientes e por mão de obra qualificada a única forma de gerar diferenciação é colocando as PESSOAS no centro de seu negócio. Os líderes precisam entender que no fim e a cabo fazemos H2H (human to human) , e aqueles que não entenderem ficarão para trás. Não seja esse tipo de CEO… seja o anti-CEO, be a True leader.
Dicas para tornar-se o anti-CEO
1. Expresse gratidão aos seus funcionários.
São de seus funcionários e de sua comunidade que você cuida primeiro, não dos lucros. É o trabalho deles e do engajamento de sua comunidade que tornarão sua empresa bem-sucedida. Reconheça-os e bonifique-os sempre que possível.
2. Envolva-se com a comunidade
As corporações entram em comunidades expropriando terras, poluindo, mudando o ecossistema da região. Isso é um verdadeiro absurdo. Seu negocio é um alienígena no local e precisam entender que são as pessoas daquela comunidades que vão acolher as empresas e fazer negócios com ela, por isso ela deve retribuir – com eventos, reforma na praça, apoio educacional. O líder precisa ser o Relações Publicas da empresa, ele precisa fazer parte da comunidade, pedir permissão para entrar na casa das pessoas com seus produtos e serviços, criar pontes e ter sucesso em conjunto.
Você tem o desejo de conquistar uma posição de liderança mas se sente inseguro para pleitear? Não sabe quais habilidades que precisa aprimorar?
3. Agir com responsabilidade
As empresas, como cidadãos, devem tomar partido. Acabou a época de ficar em cima do muro. As empresas não podem ser neutras nas grandes questões do dia, devem ser a favor dos direitos humanos, diversidade, da luta anti-racista ou deixar claro que estão do lado do ATRASO. Negros são 53% da população e transacionam 1,7 trilhão de reais ano e devemos retirar nosso dinheiro das empresas que não nos acolhem com o devido valor. Devemos atacar unidos (mulheres, LGTBs , negros e anti-fascistas) no lugar onde mais doí, o bolso. “Os negócios, e não o governo, estão no melhor lugar para fazer uma mudança no mundo”
4. Seja responsável – para com as pessoas certas
A pessoa mais importante de seu negócio não é o CEO, são seus clientes (internos e externos) escute-os. Apesar de termos uma agenda desafiadora, fazemos questão de manter contato com o nosso “Black Klan“, ver as mensagens, conversar na rua, promover eventos… Ao entregar verdade e amor as pessoas elas irão devolver na mesma intensidade. Fazer o certo pelos clientes, pelos funcionários e pela comunidade deve ser o centro de sua atividade.
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