Dez anos após a primeira edição da Black Friday a data, que já é famosa principalmente nos Estados Unidos e alguns países da Europa, consolida-se também como uma das principais para o varejo brasileiro. A primeira edição no Brasil aconteceu em 28 de novembro de 2010, foi 100% online (as redes varejistas e lojas que aderiram ofereceram condições diferenciadas somente no e-commerce) e reuniu mais de 50 lojas.
Atualmente, a data já é uma das mais aguardadas e ocorre tanto para vendas online quanto em lojas físicas e já não fica presa a um único dia: não era difícil encontrar ofertas e descontos já no início de novembro de 2019. Mesmo com a economia se recuperando a passos lentos, a expectativa da Confederação Nacional do Comércio (CNC) é que a Black Friday tenha sido a melhor data para o comércio ano passado, superando o Dia das Mães e até mesmo o Natal. A arrecadação prevista era de R$ 3,67 bilhões, no maior faturamento para a campanha em 10 anos.
“Nenhuma das Black Fridays anteriores contou com essa receita extraordinária do FGTS. Além disso, estamos com a menor inflação em 21 anos, e os prazos nas operações de crédito aumentaram, com uma taxa de juros que não saiu muito de lugar. Tudo isso deve fazer com que essa seja a data com melhor desempenho no varejo em 2019”, disse Fabio Bentes, economista da CNC.
A edição de 2019 também contou com uma quebra de recordes nas vendas On line. A Ebit Nielsen, empresa de pesquisa de mercado e monitoramento de dados, informou que o faturamento do varejo online brasileiro ficou em R$ 3,2 bilhões na edição de 2019 da Black Friday. Em 2018, as lojas online venderam R$ 2,6 bilhões. Descontada a inflação de 2,54% até outubro, o aumento foi de 20%. O valor médio das compras, no entanto, caiu de R$ 608 para R$ 602.
Mesmo em períodos de crise econômica no país, houve sempre um aumento consistente no faturamento da Black Friday. As ofertas conseguiram atrair um número cada vez maior de pessoas. Mas, para 2019, o mercado estava apreensivo com o desempenho da data. A previsão da GFK era de que o crescimento seria de apenas 4% em relação a 2019, o que seria uma desaceleração em relação ao crescimento de 9% observado em 2018. Isso representa um faturamento no setor de bens duráveis de 13,5 bilhões de reais. Isso consolida a Black Friday como a principal data do varejo nacional na venda de bens duráveis, superando o natal. Não há crise na Black Friday.
Impacto para as marcas
O consumidor brasileiro sempre gostou de “pechincha”. As pessoas tem uma jornada de compra “FIGITAL” (Físico + Digital): 47% pesquisam online e compram nas lojas físicas e vice-versa, e compram sempre a melhor pechincha.
Um grande desafio para as marcas, principalmente ao afroempreendedores, é a integração dos canais, buscando a consolidação do Omnichannel para alcançar os consumidores em todos os pontos de contato. Mas há grandes desafios tecnológicos e de processos para chegar nesse nível. Já vemos algumas iniciativas positivas no ecossistema da comunidade negra para se alcançar este modelo, e essa tendência vai cada vez mais ser aplicada.
Omnichannel é uma estratégia de uso simultâneo e interligado de diferentes canais de comunicação, com o objetivo de estreitar a relação entre online e offline, aprimorando, assim, a experiência do cliente. Essa tendência do varejo permite a convergência do virtual e do físico.
As marcas devem estar atentas ao impacto na percepção de valor de marca. Dependendo do segmento e do público-alvo, é importante considerar até que ponto pode-se aplicar descontos e ter critérios bem claros para as ações promocionais, para, assim, não quebrar a frágil relação de imagem vs valor na mente das pessoas.
Outro grande desafio é conseguir transformar as vendas do Black Friday em oportunidade de iniciar um relacionamento, oferecendo o “algo mais” que faz com que os novos consumidores continuem comprando da mesma loja, mesmo que o preço não seja mais o da super promoção de novembro. É preciso pensar no Lifetime Value (Valor de tempo de vida) dos consumidores, e criar condições para fidelizá-los de forma consistente.
Se você ainda está em dúvidas que digitalizar o seu negócio é urgente e de que a Black Friday é uma grande chance a ser aproveitada… Lhe darei dados
1- SOCIAL BUZZ
Nos últimos dez anos o evento gerou cerca de 3,7 milhões de posts em sites, fóruns e redes sociais, sendo a edição de 2016 a mais comentada, com 600 mil menções.
Fonte: Social Media Intelligence.
2- MAIOR QUE O NATAL
Em 2018, o mês da Black Friday acumulou mais de 3,6 milhões de inserções, ultrapassando o período das festas de fim de ano e fazendo de novembro o pico de ocupação de espaços publicitários no ano.
Fonte: Monitor Evolution
3- O “ONDE” IMPORTA
42% dos compradores online visitam diretamente sites específicos para fazer suas buscas, indicando que a segmentação do público e a reputação do marketplace importa e muito!
Fonte: TG.NET
4- PAR PERFEITO
88% dos compradores online acessam a internet enquanto assistem televisão e 33% procuram com a tela que está na palma da mão pelos produtos vistos na grande tela, percentual que sobe para 39% na classe AB. GO DIGITAL. NOW!!!
Fonte: TG.NET
5- AS MAIS VENDIDAS
Entre quem fez alguma compra online nos últimos três meses, as categorias mais compradas foram: Vestuário e Joias (24%), Cosméticos (22%) e Alimentos/Bebidas em Restaurantes/Bares (17%)
Fonte: TG.NET
6- EXPERIÊNCIA É (QUASE) TUDO!
Uma das principais funções da internet para os compradores online é poder receber suas compras em casa sem precisar ir às lojas (55%); Preço também importa: 83% afirmam encontrar melhores preços e descontos nas lojas virtuais do que nas físicas.
Fonte: TG.NET
7- PUBLICIDADE RELEVANTE
58% dos usuários de internet concordam que a publicidade os ajuda a encontrar coisas interessantes online.
Fonte: TG.NET
8- O PODER DA MARCA
Para 62% dos usuários de internet é importante comprar somente de marcas conhecidas na plataforma online.
Fonte: TG.NET
9- E O DESCONTO?
As categorias para as quais os brasileiros mais priorizam/procuram por preço baixo são: Smart Devices (62%), Remédios sem receita (56%), Moda (54%) e Móveis & Decoração (54%)
Fonte: E-COMMERCE ON
10- QUEM PROCURA, ACHA!
91% dos usuários de internet usam o meio para buscar informações durante o processo de decisão de compra. Por isso, é cada vez mais importante as marcas sondarem o que dizem seus consumidores.
Fonte: TG.NET
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