Fale-me sobre seu comportamento que lhe direi sobre suas finanças

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Comportamento é, basicamente, a forma com que os seres reagem aos estímulos externos e internos. Em economia comportamental, a premissa se mantém: o termo denomina uma vertente da Economia que analisa a influência de fatores cognitivos, emocionais, culturais, sociais e psicológicos nas decisões econômicas das pessoas.

Alguns sumarizam o conceito como uma junção da Economia com a Psicologia. A Economia Comportamental se contrapõe à linha tradicional do campo na medida em que sugere que a racionalidade de agentes econômicos é limitada, e que alguns fatores influenciam fortemente suas decisões.

Economia na visão tradicional

Do outro lado, na linha tradicional, a Economia se apoia no conceito de “homo economicus”. O “homem econômico” é o sujeito de duas ações, as únicas relevantes para o estudo do comportamento econômico, segundo os tradicionalistas: consumir e produzir. Aqui, os outros aspectos, inclusive morais, culturais e religiosos, por exemplo, são deixados de lado nessa fragmentação.

Economia comportamental

Na Economia Comportamental, a investigação dos outros aspectos, para além das ações de consumo e produção, visa aumentar o poder explicativo e preditivo dos modelos econômicos. Isso inclui entender como as decisões de mercado são tomadas e os mecanismos que guiam a escolha pública.

“Há um padrão para o que os seres humanos fazem e querem esperando benefícios a partir de suas ações, procurando três tipos de objetivos: benefícios utilitários, expressivos e emocionais.‘ relata o professor Meir Startman

Segundo o professor, investidores não investem de maneira racional – procurando apenas o lucro – eles querem se manter fiéis ao seus valores.

– Os investidores que procuram benefícios utilitários esperam alcançar retornos mais altos.
– Os investidores que buscam benefícios expressivos desejam responsabilidade social
– Os investidores emocionais acreditam que investem de acordo com os seus princípios morais.

Por exemplo, o professor explica que aplicar em fundos multimercados envolve buscas pelos três tipos benefícios citados – que para o investidor “normal” são muito importantes. “Ele pensa: terei retornos altos com risco menor (utilitário); mais status social (expressivo), porque dizer ‘eu invisto em fundos multimercados’ é sinônimo de riqueza; e orgulho (emocional) de ser membro de um grupo exclusivo”, diz.

Não sabe o que são fundos multimercados e de ações?


Mas essa busca por benefícios pode levar o investidor a cometer erros ou não avaliar outras questões.

Essa lógica vem da segunda geração de finanças comportamentais definida pelo acadêmico, que distingue desejos de erros. A teoria identifica alguns erros de investidores “normais” e oferece dicas sobre como usar atalhos e evitar esses erros a fim de conseguir realizar os desejos.

O professor Statman explicou que somos suscetíveis a erros cognitivos, como os de retrospectiva que nos levam a concluir que podemos prever o futuro com a mesma clareza que vemos no passado.

Além disso, é muito comum cometer erros de conclusão antecipada. Isso acontece quando a pessoa chega a uma conclusão – de que negros são preguiçosos, por isso são a maioria entre os miseráveis – sem saber o caminho até a ideia e, então, procura evidências que confirmem seus pontos de vista – meu vizinho não queria estudar, por isso está desempregado.

Confira os principais erros comportamentais ou na maneira de pensar que os investidores “normais” cometem:

1. Excesso de confiança

Essa é uma das maiores características das pessoas “normais”, segundo Statman. Basicamente, depositar muita confiança na capacidade de prever os resultados de decisões de investimento frequentemente pode levar o investidor a cair em ciladas.

“Quando o investidor tem muita confiança pode deixar de analisar, avaliar ou reavaliar alguns investimentos, posições, decisões e pode sair no prejuízo”, diz o professor.

2. Excesso de medo

Por outro lado, segundo o professor, o investidor também não pode se deixar guiar pelo medo e insegurança.

“Um estudo em sala de aula foi feito com alunos americanos. Eles se voluntariaram para contar piadas para a classe. No entanto, foram divididos em dois grupos: um ficou em uma sala com aquários e peixes e outros ficaram vendo cenas do filme ‘O Iluminado’ de forma repetida, sem parar”, relata. “Depois de um período, quando os alunos voltaram para a sala, o grupo que viu trechos do filme desistiu de contar a piada com medo de que as pessoas não rissem”, explica o Statman.

Segundo ele, o medo pode interferir de diversas maneiras. Neste caso, os alunos apenas entraram em contato com cenas do filme e mudaram o sentimento em relação a falar em público.

Foi apenas um exemplo didático, mas a ideia no mundo das finanças segue a mesma linha. Ao entrar em contato com algumas informações de mercado, por exemplo, os investidores podem mudar a direção de seus investimentos ou ficar inseguros a respeito de alguma estratégia que estudaram por anos.

“O medo ser tão grande que te impede de agir também não é positivo, mas o mercado é movido por pessoas, que por sua vez funcionam dessa maneira. Ter autocontrole é um desafio”, diz.

Estive refletindo sobre as experiências de Garvey e de MalcolmX , sobre as iniciativas do MBM e sobre os motivos pelos quais a luta da Comunidade Negra não tem avançado na velocidade que deveria – vide a ascensão do movimento proto- fascista -neopentecostal Leia mais aqui.

3. Relutância em aceitar perdas

A aversão ou a relutância em aceitar determinadas situações também é um grande erro. Por exemplo, um investimento pode estar em queda de 20%. A melhor decisão pode ser apenas preservar a perda e seguir em frente. Mas o investidor não consegue parar de pensar no dinheiro que perdeu – mesmo que não seja muito – e na chance de começar a subir após essa queda brusca.

Então, o investidor aumenta a posição naquele papel na tentativa de recuperar o que perdeu e ganhar mais, intensificando o prejuízo. Ou então tira todo o dinheiro e acaba recuperando menos do que aplicou inicialmente. É preciso estar preparado para lidar com perdas e erros. Saber a hora de entrar e sair é crucial.

4. Aversão ao risco

A capacidade de tolerar riscos das pessoas “normais” está atrelada às circunstâncias do momento, como a situação financeira pessoal, tempo de investimento e o tamanho de um investimento no contexto de seu portfólio.

Essa ideia é conhecida como “dependência de quadros” que é um conceito que se refere à tendência de mudar a tolerância ao risco com base em condições do mercado. Por exemplo, sua disposição em tolerar riscos pode cair quando os valores absolutos são altos. Ou sua aversão ao risco diminui e você fica mais disposto a arriscar quando o capital investido é pequeno.

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