O preconceito no Mercado de Trabalho: ele existe e é muito prejudicial

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Estamos vivendo em pleno século XXI, em um momento de modernidade. Novas tecnologias estão surgindo a todo momento e, teoricamente, pessoas com a mente mais aberta para aceitar diferentes ideias. Era de se esperar que no mercado de trabalho cada um se destacasse apenas pelo seu bom desempenho ou perdesse oportunidades pela falta dele. A prática, no entanto, é bem diferente disso: o preconceito racial no mercado de trabalho ainda existe e é um problema sério que fecha as portas para grandes talentos.

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Mulher negra com uniforme de trabalho. Artigo mostra o preconceito enfrentado pelo negro no mercado de trabalho

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Como identificar o preconceito no mercado de trabalho

Falar sobre racismo ou preonceito racial hoje gera muita polêmica, especialmente quando um negro aborda o tema. Muitas vezes a discussão é chamada de MiMiMi. Portanto para ilustrar melhor o cenário listamos abaixo alguns sinais de que o mercado de trabalho é racista. Afinal fatos são fatos.

  • Índice de negros ocupando cargos de alto escalão nas empresas

Mais de 50% da população brasileira é composta por negros, portanto, seria de se esperar que mais da metade das empresas também fosse dirigida por representantes dessa etnia. Seria o mais natural. Mas é claro que isso não acontece e é o primeiro sinal do preconceito racial no mercado de trabalho.

Uma análise das 500 maiores corporações do nosso país mostra que menos de 5% delas é dirigida por negros, de acordo com um levantamento do Instituto Ethos.

  • Diferenças salariais

Quando duas pessoas ocupam o mesmo cargo em uma empresa, com a mesma carga horária e as mesmas responsabilidades, o certo seria que essa igualdade toda se refletisse também na remuneração. Mais uma vez, nem sempre é assim quando há um negro envolvido nesse cálculo. Números do Instituto Jones dos Santos Neves revelam que, no Espírito Santo, o homem negro recebe apenas 64% do salário do homem branco. Isso é pouco mais do que a metade. A justificativa para isso? Não existe, é claro.

Os dados que vêm da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) são ainda mais alarmantes: em 2015, em média, o rendimento salarial dos negros correspondia a 59% quando comparado ao dos brancos.

E quando a mulher negra entra em cena, fica tudo ainda mais preocupante. Uma mulher negra recebe, em média, 50% daquilo que ganha o homem branco. Em 2003, essa porcentagem era menos de 40%, ou seja, houve uma evolução nos últimos anos, mas é importante que a mudança continue acontecendo e com mais intensidade.

  • Preconceito no dia a dia

Além das diferenças nos salários e cargos, o negro sofre diversas  formas de preconceito no seu dia a dia de trabalho. Um caso emblemático que aconteceu em julho deste ano, em Belo Horizonte, comprova essa teoria. Luana Tolentino, historiadora e professora negra, foi abordada por uma senhora e questionada se era a faxineira daquele estabelecimento.

Casos assim são recorrentes, tanto dentro da própria empresa quanto por parte do público que é atendido. O simples fato de o colaborador ser negro já evidencia para muita gente que ele não pode ocupar um cargo de grande responsabilidade, como se não fosse capaz disso. Uma pessoa negra, especialmente se for uma mulher, precisa se esforçar muito mais para se estabelecer no mercado de trabalho, mostrando-se competente e digna da função que ocupa. Não importa quantos diplomas tenha e nem a vasta experiência profissional. A cor da pele ainda se sobressai.

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3 respostas

  1. Olá! 🙂
    Me chamo Ohana. Sou psicóloga e atuo na área de R&S da Pearson Brasil. Desde o início do meu trabalho na empresa, percebo como temos pouquíssimos candidatos e, consequentemente, colaboradores pretos na companhia.
    Gostaríamos muito de mudar esse cenário, atraindo melhor e tornando nosso time mais diverso. Não encontrei no site nada relacionado diretamente ao tema, mas gostaria de entender se poderiam nos ajudar nesse desafio ou nos dar direcionamentos importantes para alcançarmos esse objetivo.
    Parabéns pelo trabalho de vocês!! Abraços!

  2. A maioria das pessoas não querem chegar perto dos negros apenas por causa de sua cor, mais porquê? Para a maioria eles servem de escravos, o resto pensa diferente, eles pensam que eles também são trabalhadores que só quer sustentar a família igual a todos os outros, mais a questão é: eles fizeram algo a eles? Eles só querem um emprego igual a todo mundo, eles querem se juntar as outras pessoas para conseguir trabalhar e ver que eles não querem ser escravos, não querem machucar ninguém, pode ser até para fazer amizade… Em relação ao salário, não entendo porque eles tem que ganhar bem menos que os brancos, o que eles fazem de errado no trabalho para ganharem menos? Não devem ter feito nada de errado, mais então porque a maioria das pessoas tem preconceito com eles? A pergunta é a mesma para todos, eles só querem viver uma vida normal, igual todo mundo vive.

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